Fruta ou chocolate?

O cante alentejano está na ordem do dia. Património Cultural Imaterial da Humanidade desde Novembro, vai ser celebrado neste domingo em Lisboa. Doze grupos corais fazem a festa no Grande Auditório do Centro Cultural de Belém a partir das 18h. 

Também nesta semana foi posto à venda o DVD e o CD com a banda sonora de Alentejo, Alentejo, o documentário de Sérgio Tréfaut sobre o cante alentejano, premiado no IndieLisboa. No final do mês estará também disponível nos videoclubes dos operadores de televisão. 

No mesmo dia, mas no Pequeno Auditório, e uma hora antes, o pianista Jorge Moyano vai interpretar obras de Schumann, Chopin e Franck, e comentá-las. 

Para terminar a secção CCB, hoje e amanhã o grupo português de música klezmer Melech Mechaya actua no Pequeno Auditório, após tê-lo feito na Casa da Música, no Porto. Aqui fica um cheirinho da sonoridade do quinteto:

Mais música, que nunca é demais quando é boa: a pequena-grande fadista Gisela João vai emocionar os portuenses esta noite, a partir das 21h30, no Coliseu. 

Na terça-feira, 27, coincidente com os 70 anos do fim da II Guerra Mundial, comemora-se o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto. Em Lisboa, o Cinema Ideal acolhe um debate com Esther Mucznik, Elena Piatok, Irene Flunser Pimentel e Renato Barroso, moderado pelo jornalista Nuno Galopim (domingo, às 18h30). Naquela sala de cinema da Rua do Loreto passam quatro filmes alusivos ao tema: O Último dos Injustos, A Noite Cairá, O Homem Decente e a reposição do clássico de Chaplin O Grande Ditador.

Na segunda-feira, às 21h, o Teatro de São Carlos apresenta O Dia da Memória, com a soprano Juliane Banse a interpretar Viktor Ulmann, compositor liquidado em Auschwitz, e a Orquestra Sinfónica Portuguesa a acompanhar ao vivo o arrepiante documentário de Alan Resnais Noite e Neblina, que será narrado por Luís Miguel Cintra.

Nota ainda para uma conferência, no Museu República e Resistência, sobre o cônsul português Aristides de Sousa Mendes, a proferir por Maria João Martins (3.ª-feira, às 18h).

Por fim, mas não em último, o Teatro Maria Matos recebe de hoje a domingo Tauberbach, um espectáculo do coreógrafo belga Alain Platel e da companhia les ballets C de la B, inspirada no cruzamento de duas histórias aparentemente sem ligação: a de uma mulher que vive numa lixeira no Brasil e a de um um grupo de surdos que cantam à sua maneira Bach. 

cesar.avo@sol.pt