Poupanças: Esta é a última semana em que o Estado oferece juros elevados

As taxas de juro dos Certificados de Aforro e do Tesouro Poupança Mais vão descer em Fevereiro.

O IGCP deverá anunciar, em breve, as novas condições de remuneração dos produtos de aforro do Estado. Esta é, por isso, a última semana para beneficiar de retornos atractivos.

A descida da rendibilidade aplicar-se-á apenas às novas subscrições dos instrumentos de retalho. Para os aforradores com poupanças aplicadas nestes produtos mantêm-se as condições em vigor.

Para as emissões realizadas este mês, o Estado está a pagar uma taxa bruta de 3,069% nos Certificados de Aforro. A esta taxa acresce um bónus fixo – introduzido em Agosto de 2012 – de 2,75%. Este bónus manter-se-á em vigor até ao final de 2016, altura em que serão recuperados os prémios de permanência anteriores.

Este produto é indicado para investimentos por períodos curtos. A elevada liquidez justifica a subscrição por prazos inferiores a dois anos.

O investimento mínimo em Certificados de Aforro é 100 euros e o máximo 250 mil euros.

Certificados de Tesouro Poupança Mais

Os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) pagam juros anuais a uma taxa crescente – de 2,75%, 3,75% e 4,75% brutos do primeiro ao terceiro anos e 5% brutos no quarto e quinto ano.

No quarto e quinto ano, ao valor da taxa de juro fixa acresce um prémio correspondente a 80% do crescimento médio real do Produto Interno Bruto.

Lançados no Dia Mundial da Poupança, 31 de Outubro de 2013, os CTPM são instrumentos de dívida recomendados para quem pretende investir a médio prazo, entre dois a cinco anos.

O montante mínimo de subscrição é 1.000 euros e o máximo um milhão de euros.

Onde subscrever?

A subscrição destes produtos pode ser efectuada directamente nos balcões dos CTT e na internet através do AforroNet.

A descida da remuneração dos instrumentos de dívida do Estado foi anunciada recentemente pela secretária de Estado do Tesouro em entrevista ao Diário Económico. Isabel Castelo Branco justifica as alterações com as novas condições de mercado.

"O contexto de taxas de juro em que estamos neste momento é completamente diferente daqueles que existia à data do início dos produtos e da última alteração dos certificados de aforro. E faz sentido que o Estado, enquanto emitente, ajuste os juros da sua dívida às condições de mercado e isso também é verdade para a dívida do retalho", afirmou a Secretária de Estado.

Estes instrumentos têm um papel importante no financiamento do Estado. Em 214, o Estado conseguiu arrecadar mais de 1.840 milhões de euros com os Certificados de Aforro da série C e um montante superior a 2.666 milhões de euros através dos Certificados de Tesouro Poupança Mais. Um total líquido – subscrições menos resgates – de 4.506 milhões de euros.

Para este ano, o Estado prevê angariar 2,5 mil milhões de euros.