Abrem cada vez mais empresas de mediação

Com o optimismo a regressar ao mercado imobiliário e o crescimento do investimento no sector, é natural que as empresas de mediação voltem a dinamizar. Devido ao aumento da confiança que se tem observado, verificou-se um crescimento significativo de novas empresas.

De acordo com o catálogo de Estudos de Mercado relativo ao III Trimestre de 2014 – do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal -, nos primeiros nove meses de 2014, segundo dados do InCI, existiam 3.247 empresas em actividade, um aumento de 14%, face ao mesmo período de 2013.

Nos primeiros nove meses do ano registaram-se em média cerca de 60 licenciamentos AMI, uma dinâmica superior à observada em anos anteriores. Ao longo daquele período, o número de licenciamentos oscilou entre o mínimo de 20 novas empresas em Setembro e o máximo de 89 licenciamentos em Maio.

Entre Outubro de 2013 e Setembro de 2014, estima-se que tenham sido emitidas aproximadamente 674 licenças AMI, das quais cerca de 28% estavam concentradas no distrito de Lisboa (188 novas empresas), 15% no distrito de Faro (103) e 14% no distrito do Porto (95). Nos restantes distritos, numa análise transversal, a generalidade continua a demonstrar ter conseguido 'angariar', pelo menos, uma nova mediadora.

A aposta em segmentos diferenciados de mercado é uma das características comuns. De Janeiro a Setembro de 2014, os três segmentos com maior nível de incidência foram o 'Residencial' com 98,7%, o 'Comércio' com 71,6% e os 'Terrenos Urbanos' com 71,3%. À semelhança de meses anteriores o segmento que revela menos destaque na carteira de imóveis é o industrial, com cerca de 35% de observações.

Como principais obstáculos ao desenvolvimento da actividade de mediação imobiliária, destacam-se a restritividade bancária, a instabilidade do mercado de trabalho, a diminuição do poder de compra, a mediação ilegal e o desinvestimento económico.

Mas as expectativas gerais das empresas de mediação têm vindo a melhorar, registando um sentimento claramente mais optimista, principalmente em Agosto, para o qual contribuíram os fluxos turísticos e os mecanismos que impulsionaram a procura internacional.

Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP

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