Escolas francesas reforçam segurança

Desde o atentado terrorista ao Charlie Hebdo, em Paris, no início de Janeiro, que os alunos das escolas francesas em Portugal têm regras de segurança mais apertadas.

Nos liceus franceses de Lisboa e do Porto, os 2.700 alunos passaram a ter medidas de vigilância  reforçadas tal como determinou o Governo francês para todos os seus estabelecimentos de ensino no estrangeiro.

Em Lisboa, apurou o SOL, aumentou o número de vigilantes nos portões do grande edifício cor-de-rosa onde funciona o liceu francês Charles Lepierre, intensificando o controlo das entradas e saídas dos 1.814 alunos, dos três aos 18 anos, que frequentam a escola. Os portões do liceu passaram também a ser imediatamente encerrados após a chegada dos estudantes, reabrindo só à tarde, quando terminam as aulas. 

O acesso de pais e de outras pessoas ao colégio foi também limitado. Só depois de se identificarem na portaria é que os encarregados de educação  ou outras pessoas podem entrar no recinto.

Contactado pelo SOL, o director do liceu Serge Faure confirma que «a segurança foi reforçada em Lisboa e no Porto devido ao aumento do grau de alerta em França». Mas alega nada mais poder acrescentar até ter luz verde da embaixada francesa, com a qual todas as medidas são articuladas. Já o director do liceu francês do Porto não respondeu ao SOL. 

O aumento do nível de alerta de terrorismo em vários países europeus – na sequência do desmantelamento de células extremistas islâmicas pelas autoridades belgas e espanholas – também pode ter repercussões noutros estabelecimentos de ensino. O Colégio Alemão, em Lisboa, está avaliar se haverá necessidade de reforçar a segurança. «São alertas recentes e ainda estamos a avaliar a situação», explicou ao SOL Patrícia Carvalho, responsável pela segurança dos mais de 1.100 alunos da escola alemã, localizada em Telheiras.

Vigilância reforçada nas sinagogas

Já na sinagoga de Lisboa, onde se reúnem grande parte dos judeus da capital, também houve reforço da segurança interna, mas a direcção recusa-se a dar informações. O SOL sabe que a PSP aumentou a vigilância no exterior do local de culto, com mais patrulhamento na rua e com a identificação de automóveis suspeitos estacionados junto ao templo. Na sinagoga do Porto, estão a ser feitas obras para reforçar a segurança.