Passos Coelho

Foi simples, directo e clarificador ao qualificar o programa do Syriza como “um conto de crianças”, pois é de aplicação impossível num país que continua a precisar de dinheiro emprestado do estrangeiro para financiar o seu dia-a-dia. Um pouco como a criança que aponta a evidência do 'rei vai nu', o primeiro-ministro falou contra a corrente de euforia esquerdista que tomou conta de alguma comunicação social e chocou alguns espíritos muito politicamente correctos. Mas – ao contrário do que clamaram Catarina Martins e o BE – em nada pôs em causa a legitimidade da vitória do Syriza ou a democraticidade das eleições gregas. Limitou-se a criticar a irresponsabilidade das propostas de Tsipras (tal como o BE critica as propostas de Le Pen em França) com frontalidade e inteira liberdade. As próximas semanas dar-lhe-ão, inevitavelmente, razão.

Luís Figo

Tem, ao que se sabe, reduzidas hipóteses eleitorais de vencer as eleições de Maio para a presidência da FIFA, pois o dinossauro Blatter (no cargo há 17 anos) já terá garantido a maioria dos 209 votos. Mas o ex-jogador português aproveita bem esta oportunidade para ganhar galões para a sua carreira como dirigente desportivo, que iniciou no Inter em 2009, e assim chegar a médio prazo a um cargo de topo na FIFA ou na UEFA. Para já, explora a fragilidade de Blatter com sucessivos escândalos, como o da atribuição do Mundial de 2022 ao Qatar. E coloca-se na linha da frente para a votação seguinte.

Sombra:

Paulo Macedo

A crise que levou às demissões nas urgências do hospital Garcia de Orta foi a gota de água que comprovou a incapacidade do Ministério para lidar com o actual surto de gripe e corrida às urgências. Faltam médicos, enfermeiros, camas e até macas em consequência da política de racionalização e redução de custos. Mas o ministro não podia deixar que o problema ultrapassasse, em tempo e amplitude, os limites do razoável.

Mário Nogueira

É indefensável a sua argumentação de que 'é inútil' esta avaliação especial de professores, quando 1/3 deles chumba com erros básicos de ortografia, pontuação ou cálculo. Quer incompetentes e ignorantes a dar aulas? Ou será por ele próprio não dar aulas há já 23 anos que perdeu a noção dos padrões mínimos de qualidade e exigência?