É possível comer bem nas cadeias de fast food

Comida rápida é sinónimo de excesso de gordura, sal e açúcar. A este trio acrescenta-se a diabetes, a obesidade e os problemas cardiovasculares, cujo risco aumenta com o consumo regular de hambúrgueres, batatas fritas e bebidas gaseificadas. 

Mas é possível fazer uma alimentação saudável nos restaurantes de fast food. Basta seguir algumas instruções, como iniciar a refeição com um prato de sopa e terminá-la com um copo de água. «Esporadicamente pode beber-se um refrigerante sem adição de açúcar, mas a água é a bebida mais saudável e não tem calorias», assegura Patrícia Almeida Nunes, dietista no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Optar pelos menus normais e nunca pelos chamados ‘super’ e reforçar a dose de alface e tomate nos hambúrgueres são outras instruções a seguir. Ou, como sugere a dietista, «substituir o pão e a carne por uma salada variada, sem molhos ou temperos».

Nestes casos, a sopa com batata, feijão ou massa apresenta-se como um complemento essencial: «Evita que se tenha fome mais rapidamente, porque se colmatou a pobreza das saladas de vegetais em hidratos de carbono». Se nas cadeias internacionais de fast food os alimentos proibidos são as batatas fritas salpicadas de sal e as bebidas gaseificadas açucaradas, nos snack-bares tipicamente portugueses são as sanduíches de panado e o ‘sumo do dia’ de fruta tropical.

O panado, enquanto frito, deve ser substituído pela carne assada, a bifana grelhada ou o frango desfiado. «Já o sumo de fruta contém grandes quantidades de açúcar de absorção rápida, por isso, engorda», explica Patrícia Almeida Nunes. Curiosamente, o mesmo acontece com a supostamente saudável salada de alface e tomate com queijo fresco. Quem pensa que a refeição é rica em vitaminas e sais minerais desconhece que um queijo fresco gordo ou meio-gordo, temperado com uma colher de sopa de azeite, contém 200 calorias a mais que um hambúrguer da McDonald’s .