Bailarino português surpreendido com presença na final do Prix Lausanne

O bailarino português Miguel Pinheiro, seleccionado ontem para a final do Prix de Lausanne, que se realiza hoje, naquela cidade suíça, disse à Lusa que está orgulhoso e surpreendido por ter sido escolhido pelo júri.

Bailarino português surpreendido com presença na final do Prix Lausanne

"Estou muito contente e muito orgulhoso", com a escolha, "foi uma surpresa", disse Miguel Pinheiro à Lusa, acrescentando que se sentiu muito à vontade na prova de dança contemporânea. "Gostei da coreografia", afirmou.

Miguel Pinheiro é um dos dois alunos da Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa que vão estar na final da 43.ª edição do Prix de Lausanne, que decorre hoje. Ele e o japonês Ito Mitsura foram apurados para a última etapa da fase final do concurso.

Ao fim de uma semana de provas diárias, foram seleccionados 20 candidatos – 11 bailarinos e nove bailarinas -, dos 67 candidatos que se apresentaram para esta fase final do prémio.

O bailarino português vai abordar a grande final com calma. "Não estou nervoso. Vou fazer o que já fiz ontem e durante a semana", disse à Lusa.

Os finalistas só serão informados sobre o processo como vai desenvolver-se a final, no próprio dia de sábado, segundo o bailarino.

Interrogado sobre os seus colegas, Miguel Pinheiro disse que pode contar com o apoio deles até ao final do concurso.

Além de Miguel Pinheiro e de Ito Mitsura, estiveram também em Lausanne, para prestarem provas ao longo desta semana, os bailarinos Teresa Dias, Alice Pernão e Francisco Patrício, todos alunos da Escola de Dança do Conservatório Nacional.

O director da Escola, Pedro Carneiro, também ficou satisfeito com o resultado dos seus alunos.

"Fico muito contente", disse à Lusa Pedro Carneiro. "Tiveram boas prestações (…), particularmente na dança contemporânea, onde o nível era muito superior".

Seis bolsas de formação estão em jogo na grande final que se realiza hoje, no Teatro de Beaulieu, conhecido pelo seu palco inclinado.

Os restantes três candidatos portugueses, à semelhança de outros não seleccionados para a "finalíssima", ainda podem participar no foro especial de dança, durante o qual têm a oportunidade de se encontrar com directores de escolas ou companhias internacionais de dança.

Criado em 1973, o Prix de Lausanne oferece bolsas a jovens bailarinos entre os 15 e os 18 anos e é um dos mais respeitados concursos de dança a nível mundial.

Lusa/SOL