Um currículo onde estão as vitórias que fizeram a carreira política de Barack Obama, incluindo a sua caminhada para a Casa Branca, impulsionada por um grito de guerra que se tornou global: Yes, We Can. Em ‘Believer – My Forty Years In Politics’ (Crente – Os Meus 40 Anos na Política), Axelrod faz uma revelação inesperada sobre o slogan, segundo a crítica do New York Times, que teve acesso ao livro antes do seu lançamento.
Depois de Axelrod ter sugerido o lema, que considera “dar aos eleitores uma fatia na realização da mudança”, Obama terá considerado a ideia “banal”. Ainda segundo a crítica de quem já teve acesso ao relato completo de Axelrod, foi Michelle Obama, a actual primeira-dama, a convencer Obama a usar o slogan.
O grito tornar-se-ia tão global que, seis anos depois, deu origem ao nome de um novo partido espanhol que ameaça interromper os mais de 30 anos de hegemonia popular e socialista em Madrid – o Podemos.
A biografia, que é lançada na terça-feira nos Estados Unidos, revela ainda a forma “irritada” com que Obama desligou o telefone após ter recebido um telefonema de Mitt Romney na noite em que foi reeleito Presidente, revela o New York Daily News.
Na habitual chamada de felicitações, em que o adversário reconhece a impossibilidade de chegar à vitória perante os números já disponíveis, Romney terá dito a Obama: “Você esteve muito bem ao mobilizar o voto em cidades como Cleveland e Milwaukee”. Com cara mais séria do que seria de esperar numa noite de celebração, Obama contou a conversa aos seus assessores, acrescentando no final da frase: “Ou seja, eleitores negros. É isto que ele pensa que se passou”.