O crime ocorreu a 21 de Janeiro de 2014, no apartamento onde o septuagenário residia em S. Roque, Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro.
O tribunal deu como provado que o arguido, de 39 anos, asfixiou a vítima com um pano, após uma discussão por motivos desconhecidos.
Logo a seguir a matar o avô da companheira, o homicida entrou em pânico e atirou-se da janela do apartamento, caindo desamparado no chão.
Durante a leitura do acórdão, o juiz presidente disse tratar-se de "um crime bárbaro contra uma pessoa debilitada pela doença e pela idade", realçando que foi uma morte "absolutamente dolorosa e horrorosa".
Durante o julgamento, o arguido remeteu-se ao silêncio.
Nas alegações finais a procuradora do Ministério Público (MP) disse não ter dúvidas de que o arguido tirou a vida ao idoso, pedindo uma pena não inferior a 15 anos de prisão.
A defesa, por seu lado, pediu a absolvição do arguido, por entender que não houve prova directa, nem foram produzidos elementos durante o julgamento, que permitam ir ao encontro do que está na acusação.
O reformado foi encontrado morto em casa por militares da GNR e Bombeiros, que foram chamados ao local pelos vizinhos que ouviram barulho de móveis a arrastar.
O marido da neta estava caído nas traseiras do prédio com ferimentos graves resultantes de uma queda de quatro andares.
Depois de estabilizado no local, o ferido seria transportado para o hospital de S. Sebastião, na Feira, onde recebeu tratamento hospitalar.
Lusa/SOL