Camionista, a profissão do futuro

Há comboios de mercadorias com dezenas de vagões, aviões com enorme capacidade e barcos do tamanho de arranha-céus, no entanto o transporte rodoviário continua a ser essencial na maioria dos países e nos Estados Unidos tem um peso ainda maior: é a profissão mais comum em grande parte dos Estados.

Segundo os dados de 2014 do Gabinete de Censos, compilados pelo site da National Public Radio (NPR), em 29 dos 50 Estados americanos os condutores de camiões, motoristas de entregas ou de tractores são a profissão mais frequente, exactamente como em 1996, e muito acima dos dados de 1978, quando os camionistas lideravam em apenas nove Estados.

Nas restantes 21 regiões americanas as profissões dividem-se por várias áreas, com os professores do ensino primário a destacarem-se em seis estados e os criadores de software a dominarem em quatro. A NPR lembra, ainda assim, que os dados do Censo dividem a educação em vários níveis, separando os professores primários dos secundários, por exemplo.

No entanto, ser camionista é seguramente uma profissão de futuro nos Estados Unidos e no ano passado um estudo do Business Insider avançava que em 2022 haverá 239 mil camionistas em falta nas estradas americanas, 30 mil actualmente. A razão é simples: a profissão não pode ser automatizada e os camionistas que se estão a reformar são muito mais do que os novos condutores profissionais de veículos pesados.

Voltando aos dados do Censo, conseguem descobrir-se outras curiosidades sobre a distribuição geográfica das profissões americanas. O Havai é o único Estado onde a profissão mais comum é cozinheiro ou trabalhador de restauração. E no de Nova Iorque dominam os auxiliares de enfermagem ou de serviços hospitalares. Já no Nevada, onde se situa Las Vegas, os lojistas estão em destaque.

Outra tendência é o ‘desaparecimento’ dos agricultores. Há 20 anos eram a maioria em oito Estados do Centro-Norte do país, agora só lideram em dois deles: no Dakota do Sul e no do Norte.