“Quão perigoso e inaceitável seria que em nome do mal menor este partido – partido da verdade, coerência, que esteve na primeira fila da luta com trabalhadores e população – abdicasse da defesa dos interesses do povo português e da soberania nacional (…) a troco de qualquer coisa, nem que fosse este ou aquele lugar no governo”, afirmou Jerónimo de Sousa.
O líder comunista, que falava durante o debate intitulado “Não ao declínio nacional – soluções para o país”, que hoje decorreu em Gaia, garantiu mesmo que o PCP “está em condições de assumir todas as responsabilidades que o povo” quiser atribuir, mas “não o PS” que “vem reclamar os votos da esquerda”.
“Estamos disponíveis para participar no governo, para governar em nome dos interesses nacionais e não para a política de direita”, assinalou o secretário-geral para quem o PS de António Costa não está à procura de uma “genuína convergência para romper com a política de direita”, mas luta pela “sua ambição pelo poder absoluto”.
Jerónimo de Sousa criticou ainda as políticas do PS que, disse, opta por não se comprometer quanto à “necessidade de renegociação da dívida” e que, quando conseguiu maioria absoluta no governo de José Sócrates, “livremente assumiu a política de direita”.
Para o líder do PCP, as próximas legislativas serão “uma batalha difícil”, mas desvalorizou o “aparecimento de novos movimentos e partidos” com os quais os portugueses não devem “ficar impressionados” uma vez que tais desenvolvimentos “já existem há muitas décadas”.
Lusa / SOL