Quinhentas crianças vão testar projecto educativo “de qualidade”

Cerca de 500 crianças até aos 4 anos vão participar num projecto-piloto de “serviços educativos de qualidade”, anunciou hoje o Ministério da Educação, admitindo alargar a oferta caso se revele vantajosa.

Quinhentas crianças vão testar projecto educativo “de qualidade”

Em Portugal, 62,8% das crianças com menos de 3 anos não têm acesso a educação pré-escolar, assim como 14,3% das crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 6 anos.

Foi a pensar neles que nasceu o projecto "Playgroups for Inclusion — Aprender, Brincar, Crescer", hoje apresentado e divulgado pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC).

Assim, no próximo ano, cerca de 500 crianças até aos 4 anos que não frequentam qualquer resposta educativa formal vão ter acesso a serviços educativos de qualidade.

As crianças e respectivas famílias irão ter sessões bissemanais de duas horas com técnicos formados e supervisionados pela Fundação Bissaya-Barreto.

As acções irão decorrer em espaços diversificados, desde escolas, instituições públicas e de solidariedade até mercados ou estabelecimentos comerciais.

As crianças e famílias serão avaliadas antes e depois da frequência dos grupos e comparadas com outras que não tenham tido acesso a estas respostas.

"Caso a evidência demonstre os impactos esperados, serão definidas estratégias de alargamento deste tipo de ofertas", refere o MEC, lembrando experiências semelhantes realizadas noutros países europeus com bons resultados.

Em comunicado, o MEC sublinha que este tipo de serviços "contribui para a redução da desvantagem social e para a promoção do desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças, bem como do desenvolvimento de competências parentais e de empregabilidade das famílias".

Com o financiamento de um milhão de euros por parte da Comissão Europeia para desenvolver, testar, validar e disseminar respostas educativas inovadoras, a Direcção-Geral da Educação irá liderar as outras cinco entidades envolvidas: Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Bissaya-Barreto, Universidade de Coimbra, ISCTE-IUL e o Alto Comissariado para as Migrações.

Lusa/SOL