Gaia precisa de bombeiros profissionais

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia assumiu hoje a existência de dificuldades operacionais para os bombeiros locais responderem a alguns pedidos de socorro e anunciou um reforço de mais 20 bombeiros até final de 2015.

Gaia precisa de bombeiros profissionais

"Há um processo de envelhecimento muito sério nos Sapadores Bombeiros. Começa a haver dificuldade operacional para responder a algumas eventualidades, porque, de facto, o processo de envelhecimento tem consequências na operacionalidade dos bombeiros", disse à agência Lusa Eduardo Vítor Rodrigues, após a cerimónia de atribuição de 330 mil euros a seis associações humanitárias de bombeiros voluntários do concelho.

Para fazer face ao envelhecimento nos Bombeiros Sapadores de Vila Nova de Gaia, o autarca anunciou hoje que aquela corporação vai abrir em Maio deste ano um concurso de admissão de bombeiros para recruta.

"É um concurso de admissão de pessoal, de 20 novos bombeiros, que fazem um período de seis meses de formação para depois ingressarem nos sapadores", explicou Eduardo Vítor Rodrigues.

Actualmente, há 48 bombeiros profissionais, a que se soma a estrutura de comando, mas no final de 2015 haverá mais 20 bombeiros em Vila Nova de Gaia, assegurou o autarca, acrescentando que vai chegar também, entre Março e Abril próximos, uma viatura de combate a incêndios, que custará cerca de 220 mil euros.

"Nós temos uma companhia de bombeiros sapadores que está neste momento numa situação muito difícil, porque não temos uma recruta há 17 anos, ou seja uma nova entrada de bombeiros qualificados há 17 anos, e não temos a aquisição de uma viatura de combate a incêndios há outro tanto [tempo]", admitiu o autarca.

A Câmara de Vila Nova de Gaia assinou hoje um protocolo de apoio financeiro com as associações humanitárias de bombeiros voluntários de Aguda, Avintes, Carvalhos, Coimbrões, Crestuma e Valadares, atribuindo-lhes este ano um total de 330 mil euros (55 mil euros para cada) para as suas actividades em articulação com a protecção civil municipal.

Lusa/SOL