Rita Pereira contesta perícia na morte de Angélico

A actriz Rita Pereira afirmou esta tarde no Tribunal de Aveiro que o cantor Angélico Vieira, seu ex-namorado, falecido num despiste na A-1, em 2011, na zona de Estarreja, “não andava a mais de 150 quilómetros/hora”.

Rita Pereira falava no julgamento por causa do acidente mortal, em que os cálculos de velocidade periciais realizados pela Brigada de Trânsito (BT) da GNR apontam para “muito mais de 200 quilómetros horários” (cerca de 230) aquando do despiste que causou a morte de Angélico Vieira e de um outro jovem angolano, Hélio Filipe Van Dunem, tendo ficado tetraplégica uma outra jovem.

“Durante oito anos, o Angélico nunca andou comigo a 180 ou 200 quilómetros horários e era um condutor muito cuidadoso”, afirmou esta tarde Rita Pereira, perante a juíza Maria do Carmo Lourenço, no Tribunal Cível de Braga. Rita Pereira desmentiu ainda que o automóvel do acidente fosse de Angélico Vieira, dizendo que “pertencia ao senhor Augusto Fernandes, do stand Auguscar, conforme o próprio me disse quando me deu a notícia do acidente”.

O Tribunal de Aveiro começou na sexta-feira passada a julgar esta acção cível, em que os pais de Hélio Van Dunem, o amigo de Angélico que seguia com ele no carro, pedem aos pais deste uma indemnização de 236 mil euros.

Por sua vez, os pais de Angélico processaram o dono do stand, alegando que o carro acidentado não era do filho, mas deste negociante de automóveis, que alegam ter forjado um contrato de compra e venda, falsificando a assinatura do filho.