Passos tenta matar tema das dívidas em 5 minutos

“Com muita transparência e muita humildade também”. Foi assim que Pedro Passos Coelho se apresentou no arranque do debate quinzenal. Assumindo que as suas dívidas à Segurança Social e os processos ao Fisco iam marcar a discussão, Passos antecipou-se, garantindo que deu todas as explicações necessárias.

Sem avançar nenhum dado novo nem responder às dúvidas hoje lançadas pelo Público sobre os anos em que não terá pago à Segurança Social, Passos limitou -se a dizer: "Não tenho nenhuma situação por regularizar seja em matéria fiscal ou contributiva".

De resto, Passos Coelho recusou qualquer "aproveitamento político" deste tema, assegurando apenas que teve um papel activo na resolução do problema, tendo tomado a iniciativa de regularizar a dívida já prescrita para que ela pudesse contar para a sua carreira contributiva.

"Não esperei por que ninguém me chamasse a atenção", frisou, sublinhando que foi por sua "insistência " que soube da dívida e a pagou.

"Tendo regularizado toda a minha situação, não devo dar explicações que me não caibam a mim directamente", concluiu, tentando mudar o tema do debate falando do Programa 2020, o desemprego e as questões europeias.

"O país não ficou parado no debate público em torno da minha carreira contributiva", disse, numa tentativa de matar um assunto que há duas semanas não sai da agenda política, com explicações que não demoraram mais de cinco minutos na sua intervenção inicial.