Os turistas sentem pois que nas duas principais cidades do país há calor suficiente para quererem voltar. No que à animação nocturna diz respeito, também é notório que a segurança melhorou muito, apesar dos sucessivos governos insistirem em não criarem uma polícia especializada, à semelhança do que fazem com as escolas.
Um dos problemas para os turistas que nos visitavam passava pelo horário tardio do início da festa, já que as discotecas começavam a 'abrir' muito tarde. Hoje tudo isso é superado com a animação dos bares. Zonas como o Bairro Alto e o Cais do Sodré, em Lisboa, ou as Galerias de Paris, no Porto, abrem as portas bem cedo, permitindo aos 'camones' não estranharem muito o 'jet lag' em relação aos seus países.
Se os restaurantes têm gostos para todos os paladares, a noite não fica atrás, havendo desde o underground até ao comercial. O que começa a ser preocupante é ver Portugal começar a copiar, no pior dos sentidos, algumas regras bacocas da Europa. Não se percebe por que não havemos de assumir que nas discotecas e bares portugueses há espaços para fumadores e outro para alérgicos a tais baforadas. Se seguíssemos esse caminho estaríamos a conquistar um mercado quase exclusivo. Aprendam com o Uruguai e não sejam tão conservadores.
vitor.rainho@sol.pt