A apresentação dos resultados anuais em Serralves ficou marcada pela saída de Belmiro de Azevedo, mas também se falou de negócios. A Sonae lucrou 144 milhões de euros, mais 11% do que em 2013.
A empresa investiu 194 milhões na distribuição e chegou às 1.235 lojas em mais de 20 países, mas a entrada em Angola tem pedras na engrenagem.
A Sonae ainda não tomou qualquer decisão quanto ao desenvolvimento de uma rede de hipermercados no país, um projecto que tinha com a Condis, controlada por Isabel dos Santos.
Ontem, o presidente executivo da retalhista não se alongou sobre o assunto, depois de ter sido tornado público que as relações entre os dois parceiros estavam tensas devido à contratação de quadros de topo da Sonae por parte da empresária angolana. «Não conseguimos até agora obter qualquer confirmação ou desmentido formal» sobre esta questão, afirmou Paulo Azevedo.
«Para dar os próximos passos que estavam combinados, é preciso uma resposta», sublinhou. Questionado sobre em que fase estaria a parceria, respondeu que «também gostaria de saber. É difícil dizer». Ainda assim, o impasse não deverá afectar a aliança que a Sonae e Isabel dos Santos têm na Nos.
