Netanyahu consegue vitória surpresa nas eleições de Israel

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, superou hoje as expectativas dos analistas, ao vencer as eleições legislativas antecipadas de terça-feira.

Netanyahu consegue vitória surpresa nas eleições de Israel

Numa altura em que a contagem dos votos estava praticamente concluída, o partido de Benjamin Netanyahu — o Likud  (direita) — era esta manhã apontado como tendo garantido 30 dos 120 assentos do parlamento israelita, contra 24 da coligação de centro-esquerda União Sionista.

Antes da votação, as sondagens colocavam os dois adversários ao mesmo nível, prevendo 27 lugares para cada uma das respectivas formações políticas.

"Contra todas as expectativas, conseguimos uma grande vitória para o Likud (…) para o campo nacional(…) para o povo de Israel", disse o primeiro-ministro no discurso da vitória, em Telavive, onde apoiantes do Likud celebraram a vitória com festejos que se prolongaram noite dentro.

O líder da União Sionista, Isaac Herzog, já reconheceu a derrota e felicitou Netanyahu pelo terceiro mandato consecutivo.

"Falei há poucos minutos com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Felicitei-o pela sua vitória e desejei-lhe sorte", afirmou, afastando qualquer hipótese de coligação.

Netanyahu prometeu estabelecer um novo Governo nas próximas semanas, referindo que já falou com os líderes de outros partidos da direita, de cujo apoio necessita para formar uma coligação maioritária.

"O primeiro-ministro tem a intenção de começar a formar o Governo imediatamente, de forma a terminar a tarefa dentro de duas a três semanas", anunciou o seu partido, em comunicado.

Netanyahu tinha colocado a segurança em destaque na sua campanha eleitoral, argumentando que ele era o único capaz de proteger Israel de uma ameaça nuclear iraniana e que nunca iria permitir que os palestinianos estabelecessem uma capital no leste de Jerusalém.

Em resposta, os palestinianos prometeram intensificar a campanha diplomática para a criação de um Estado palestiniano.

"É claro que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu vai formar o próximo Governo. Por isso dizemos, de uma forma muito clara, que iremos para o Tribunal Penal Internacional de Haia e que vamos acelerar, prosseguir e intensificar" todos os esforços diplomáticos, disse à agência noticiosa AFP o negociador principal, Saeb Erekat.

Lusa/SOL