Três nós de enforcar aparecem em fábrica

Os trabalhadores de uma fábrica do Canadá estão abalados por um crime, aparentemente com motivações racistas, que está a deixar todos inquietos. Na unidade da Fiat Chrysler de Windsor, junto à fronteira com os Estados Unidos, um trabalhador negro encontrou no seu posto dois nós de enforcar, em dois dias diferentes. E entretanto já apareceu…

Segundo o jornal The Windsor Star, o primeiro nó apareceu no caixote de lixo da zona de trabalho do funcionário, de 52 anos, na quinta-feira da semana passada. No dia seguinte, um segundo nó estava colocado num local ainda mais visível – um carrinho parado junto ao mesmo local.

Desde logo os trabalhadores e a própria administração da Fiat Chrysler chamaram a polícia, que está a investigar o sucedido. No entanto, um terceiro nó de enforcar foi encontrado esta segunda-feira, numa zona de armazém da fábrica. Na altura, o trabalhador visado pelos dois outros nós não estava de serviço.

A polícia pede que sejam dadas todas as informações que permitam identificar o autor ou autores do crime. Também a administração da fábrica e os trabalhadores, principalmente o sindicato ao qual o funcionário pertence, apelam a informações que permitam deslindar o mistério. 

O trabalhador negro de 52 anos, residente na cidade, relatou a um superior entrevistado pelo The Windsor Star que a sua vida levou uma volta há uma semana. Desde o caminho de carro para casa ao sítio onde deixa o almoço, passou a estar atento a tudo.

A fábrica canadiana de Windsor da Fiat Chrysler Automobile tem a produção parada para receber uma renovação profunda, no valor de quase 1.500 milhões de euros, que vai permitir fabricar um novo monovolume das marcas Chrysler e Dodge. Trabalham lá 1.500 pessoas para essa transformação, muitos vindos de outras cidades e regiões do Canadá, devido à falta de mão-de-obra especializada para um projecto daquelas dimensões. Windsor situa-se junto ao rio Detroit, que separa o Canadá dos Estados Unidos, ficando a cidade de Detroit logo do outro lado.

emanuel.costa@sol.pt