Co-piloto da Germanwings acelerou o avião em direcção à montanha

A análise à segunda caixa negra do A320 da companhia Germanwings, que na semana passada se despenhou nos Alpes franceses, confirma a intenção do co-piloto em fazer descer o avião, relatam os investigadores.

Co-piloto da Germanwings acelerou o avião em direcção à montanha

"Uma primeira leitura" da caixa negra encontrada na quinta-feira "dá a entender que o piloto presente no 'cockpit' usou o piloto automático para fazer descer o avião para uma altitude de 100 pés, e depois, em várias ocasiões durante a descida, o piloto modificou as instruções do piloto automático para aumentar a velocidade do avião", indicou em comunicado o gabinete francês de investigações e análises (BEA).

A caixa, encontrada escurecida pelo fogo e enterrada na montanha, foi transportada para Paris, tendo a sua análise começado de imediato.

"Os trabalhos para determinar a sequência precisa de acontecimentos durante o voo continua", informou o BEA.

A investigação ao acidente do Airbus A320 da Germanwings, baseada até agora na análise dos sons do 'cockpit' registadas na primeira caixa negra, concluíram que o co-piloto Andreas Lubitz terá provocado deliberadamente o acidente, que causou a morte a 150 pessoas, ao ficar sozinho no 'cockpit' e bloquear a porta do compartimento para impedir o piloto de reentrar.

As investigações feitas na Alemanha indicam também que Lubitz sofreu um "episódio depressivo grave" em 2009 e recebeu tratamento para "tendências suicidas".

* com Lusa