parece que o mais importante para quem paga cerca de 50 euros por bilhete não é assistir ao vivo e cantar e dançar ao som das suas músicas preferidas, mas simplesmente fazer prova de que lá esteve. nas redes sociais, através de sms, de vídeo-chamadas ou de outro modo qualquer (como andar durante meses com uma ou várias pulseiras de plástico ou papel reforçado, normalmente de cores berrantes). ainda na semana passada, no optimus alive, lá estavam milhares e milhares de telemóveis e de câmaras a registar para a net as músicas mais conhecidas dos coldplay, cabeças de cartaz do festival. os mesmos milhares e milhares que, em vez de dançarem e cantarem e aproveitarem os privilégios de um concerto ao vivo, preferem ficar quedos e mudos para registar o melhor filme para, mais tarde, reverem e sobretudo mostrarem. sim, porque eles estiveram lá.