Leiria constrói três relvados sintéticos na Marinha Grande

A União de Leiria vai jogar as próximas três épocas no Estádio Municipal da Marinha Grande, comprometendo-se a construir três relvados sintéticos para clubes daquele concelho, anunciaram hoje a câmara e a SAD do clube da Liga de futebol.

em conferência de imprensa, o presidente da câmara da marinha grande, álvaro pereira, salientou que só aceitou negociar com a sad da união de leiria, depois de ter a garantia que o entendimento entre a sad e a leirisport, empresa municipal que gere o estádio de leiria, era «impossíve».

segundo o autarca, a condição exigida para permitir à união de leiria a utilização do estádio municipal foi a construção de campos relvados para os três clubes do concelho.

«no primeiro ano será assinado um protocolo com o atlético clube marinhense e a sad, no segundo ano será a vez da construção de um campo para o grupo desportivo “os vidreiros” e no terceiro ano a união de leiria compromete-se a construir um sintético para o clube desportivo da garcia», explicou álvaro pereira.

o director-geral da sad, jorge alexandre, adiantou que cada campo custará cerca de 100 mil euros, o que será «mais barato» que o valor exigido pela leirisport para jogar no estádio municipal de leiria. o contrato de utilização do estádio de leiria previa o pagamento de 17.500 euros por jogo, mais 500 euros por cada treino extra.

o protocolo entre a câmara da marinha grande e a sad da união de leiria será redigido terça-feira pelos advogados de ambas as partes e prevê a utilização do relvado principal e do campo sintético do estádio municipal as vezes que forem necessárias sem custos adicionais.

«vamos ter o nosso quartel-general na marinha grande. só o facto de não termos de andar a treinar em campos diferentes, a gastar dinheiro com as viagens e com o aluguer dos campos já justifica. sentir que temos uma casa, onde não somos mal-amados, já vale tudo», acrescentou jorge alexandre.

o responsável pela sad garantiu que a união de leiria vai «honrar o acordo», até porque «estes valores não têm nada a ver com os valores incomportáveis pedidos pela leirisport», lembrou.

a exploração do espaço publicitário e as bilheteiras na marinha grande ficam sob a responsabilidade da união de leiria. a liga de clubes já visitou o estádio, que terá de sofrer «pequenos ajustes» para cumprir os regulamentos, adiantou álvaro pereira.

com uma capacidade para cerca de sete mil pessoas, a liga permite nos jogos com os clubes que registam maior audiência a utilização de uma bancada amovível, aumentando o número de lugares para cerca de 15 mil pessoas.

lusa/sol