Miguel Albuquerque confiante na vitória do PSD nas eleições para AR

O presidente do governo regional da Madeira disse na quarta-feira que o PSD vai ganhar as eleições para a Assembleia da República, apesar de ser “tão atacado” e de o PS ir à frente nas sondagens.

Miguel Albuquerque confiante na vitória do PSD nas eleições para AR

"Eu acho que o PSD vai ganhar as eleições", afirmou Miguel Albuquerque em entrevista à RTP Informação na quarta-feira à noite, realçando que a campanha eleitoral ainda não começou e o PS, face a um partido que está no Governo e é tão atacado, "devia estar mais à frente".

"Sem fazer grandes artificialismos, é preciso lembrar às pessoas como é que o país estava e o trabalho que foi feito", sublinhou o novo presidente do Governo Regional da Madeira, que toma posse no dia 20 de Abril, substituindo Alberto João Jardim após cerca de 40 anos no cargo.

Miguel Albuquerque elogiou o Governo de Pedro Passos Coelho por ter assumido "as dores do resgate" com grande coragem, numa altura em que o país estava falido.

"Eu tenho que dizer que este Governo, e em particular o primeiro-ministro, teve a coragem de aguentar o país e foi uma tarefa patriótica", vincou.

O novo chefe do executivo madeirense garantiu, por outro lado, que pretende manter com o Governo da República um relacionamento institucional "correto, cordato e frontal", independentemente da cor política do primeiro-ministro.

"Aqui, eu não estou a representar o partido. Eu estou a representar a Madeira, os interesses da Madeira e quando estou a representar os interesses da Madeira também estou a representar os interesses nacionais", declarou.

Miguel Albuquerque revelou, também, que após o Plano de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), a que a Madeira teve de recorrer para fazer face à dívida de 6,5 mil milhões de euros, o governo regional vai preparar uma operação de financiamento no mercado já a partir de 2016.

"Vamos entrar no mercado. Temos de ir ao mercado", salientou, explicando que através dessa operação vai ter inicio a amortização da dívida, reduzindo o seu impacto no orçamento regional.

Apesar de ir ocupar o lugar do carismático Alberto João Jardim, o novo presidente do governo da Madeira manifestou-se determinado em não o encarar como uma sombra: "Eu costumo dizer, para trás, nem para tomar balanço. É importante tirarmos a lições da história, conhecermos a história, mas temos de olhar para a frente. É fundamental sermos pragmáticos e irmos aos pontos essenciais. Nós precisamos agora de novos caminhos, novas políticas, novas pessoas", afirmou.

Miguel Albuquerque reconheceu que "houve um líder carismático muito forte na Madeira", considerando, no entanto, que o exercício político, muitas vezes, distorceu a imagem da região, limitando-a a "uma série de cenas políticas" que, do seu ponto de vista, "foram prejudiciais".

"Muitas vezes, essa história do défice democrático também foi um expediente utilizado pela oposição, que não tinha, como continua a não ter, uma alternativa à governação do PSD", realçou.

Na entrevista à RTP Informação, onde também se falou de rosas, uma das paixões do novo líder madeirense, Miguel Albuquerque reafirmou a intenção de reduzir a carga fiscal para as famílias com menos rendimentos e a necessidade de criar um sistema fiscal mais atractivo para a região autónoma, realçando que vai apresentar um programa de governo em consonância com os compromissos assumidos perante o eleitorado, que no dia 29 de Março atribuiu a 11.ª vitória consecutiva com maioria absoluta ao PSD/Madeira.

Lusa/SOL