Greve da Carris regista adesão de 70%

A greve realizada hoje pelos trabalhadores da Carris teve uma adesão de cerca de 70%, de acordo com os sindicatos, tendo ao final da tarde circulado 84 dos 499 veículos programados, segundo a empresa.

De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA), afecto à UGT, Sérgio Monte, a adesão à greve foi "em média de 70% ao longo do dia". Já a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), através de Manuel Leal, adiantou que a adesão "durante o dia foi superior a 70%".

Ao longo do dia, a Carris "garantiu 30% da oferta de serviço, tendo-se registado o cumprimento integral dos serviços mínimos", disse à Lusa a porta-voz da Transportes de Lisboa (que engloba a Carris, Metro e grupo Transtejo), Isa Lopes.

De acordo com aquela responsável, ao final da tarde circulavam "84 dos 499 veículos programados".

Os trabalhadores da rodoviária Carris cumprem hoje uma greve de 24 horas contra a subconcessão da empresa, atualmente em concurso público, paralisação que teve início cerca das 22:00 de quinta-feira na rede da madrugada.

Em causa está, segundo o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (Sitra), "a privatização acelerada que o Governo quer fazer dos transportes na região de Lisboa e na região do Porto, afastando totalmente as autarquias, que são parte interessadíssima neste problema".

Para o sindicalista Manuel Leal, da Fectrans, "os trabalhadores deram uma prova inequívoca de quererem dar continuidade à luta contra o objectivo de privatização da Carris, com a destruição de direitos dos trabalhadores e da população".

O concurso público internacional para a subconcessão do Metro e da Carris está actualmente a decorrer, até 14 de maio, mas a legitimidade do Governo nesta iniciativa tem sido contestada pela Câmara Municipal de Lisboa (PS), que considera pertencerem ao município a titularidade das concessões.

Lusa/SOL