“Esta greve da TAP não se compreende. O Governo fez um acordo que não está a ser respeitado. É perverso que uma greve de 10 dias feita para salvar a empresa da privatização possa por em risco a própria empresa. Põe a empresa em risco a médio prazo, não a longo prazo. A alternativa à privatização da TAP é o despedimento colectivo, a venda de aviões, o cancelamento de rotas. É ter uma TAP em miniatura que não serve os interesses do país. Não vejo qual é o interesse dos pilotos”, afirmou Passos.
Nuno Magalhães, líder parlamentar do CDS, também disse não compreender os motivos da greve e Luís Montenegro, líder parlamentar da bancada do PSD, também deixou a crítica ao que diz ser uma greve “egoísta e irresponsável” convocada pelos pilotos da TAP esta semana, depois de assinado um acordo com o Governo em Dezembro do ano passado.
Recorde-se que a TAP manifestou-se surpreendida com a decisão do Sindicato dos Pilotos de uma greve de 10 dias e alertou para o "impacto brutal" que esta greve poderá impor à companhia, calculando um prejuízo superior a 70 milhões de euros. Os pilotos da Portugália também vão juntar-se aos 10 dias de greve dos pilotos da TAP.
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