A realidade não é tão transparente. O brasileiro Kléber, cedido pelo FC Porto ao Estoril, não alinhou nos dois jogos entre as duas equipas. O belga Joris Kayembe, que os ‘dragões’ puseram a rodar no Arouca, também ficou de fora contra o clube a que está vinculado. E o mesmo aconteceu com Tiago Rodrigues, emprestado pelos ‘azuis e brancos’ ao Nacional. Estavam todos lesionados ou indispostos, segundo as versões oficiais.
Com o Benfica passou-se algo semelhante, mas envolvendo uma dupla que já não faz parte dos quadros do clube. Miguel Rosa e Deyverson, agora no Belenenses (o segundo saiu entretanto para o estrangeiro), não defrontaram a equipa da Luz devido a um acordo entre os dois emblemas de Lisboa. Esse acordo estipula a possibilidade de os ‘encarnados’ recomprarem os passes dos dois jogadores, o que levou a SAD azul a decidir não os utilizar, argumentou então o seu presidente, Rui Pedro Soares.
A questão volta à ordem do dia em vésperas da recepção do Belenenses ao Benfica (amanhã, 18h, SportTV 1), depois de Ramos Lopes, antigo líder do clube do Restelo, ter mostrado indignação perante a hipótese de Dálcio e Pelé não jogarem, por alegadamente já estarem comprometidos com as ‘águias’ para a próxima temporada.
Não é líquido que fiquem de fora, ainda que, antes do jogo da primeira volta, Rui Pedro Soares tenha defendido essa posição sempre que existem compromissos futuros assumidos. Com Miguel Rosa lesionado (foi substituído ainda antes do intervalo na jornada do fim-de-semana passado), a ausência mais provável é a de Rui Fonte, emprestado pelos ‘encarnados’ na janela de transferências de Janeiro.
“E se algum tivesse sido expulso ou falhasse um penálti?” – alegou Rui Pedro Soares, antes da deslocação do Belenenses à Luz. Foi o que aconteceu há uma semana com Raphael Guzzo, ligado contratualmente ao Benfica e cedido ao Desportivo de Chaves, líder da 2.ª Liga. O médio luso-brasileiro falhou um penálti contra o Benfica B, já em tempo de compensação, e o jogo ficou empatado (2-2).
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