Portugal com quarta maior taxa de abandono escolar precoce

Portugal, com 17,4%, tinha em 2014 a quarta maior taxa de abandono escolar precoce da União Europeia (UE), mas com a maior redução face a 2006, divulga hoje o Eurostat.

Segundo o gabinete oficial de estatísticas da UE, a Espanha (21,9%) é o Estado-membro com piores resultados no que se refere à taxa de abandono escolar precoce, seguindo-se Malta (20,4%), Roménia (18,1%), Portugal (17,4%) e Itália (15%).

Segundo o Eurostat, Portugal foi o país que mais reduziu o indicador, sendo que os 17,4% do ano passado são menos de metade dos 38,5% de 2006.

O objectivo nacional português é de ter um máximo de 10% de abandono escolar precoce, o mesmo que o da UE.

No extremo oposto — com as menores percentagens de estudantes que abandonam prematuramente os estudos — estão a Croácia (2,7%), a Eslovénia (4,4%), a Polónia (5,4%), a República Checa (5,5,%) e a Lituânia (5,9%).

A média da UE era, também o ano passado de 11,1%, que compara com os 15,3% de 2006.

Em geral, são mais os rapazes que as raparigas que abandonam precocemente os estudos, tendo, no ano passado, a proporção em Portugal sido de 20,7% face a 14,1% (12,7% de homens e 9,5% de mulheres, na média europeia).

A única excepção a esta tendência verifica-se na Bulgária por uma décima: 12,8% de homens contra 12,9% de mulheres que em 2014 abandonaram precocemente os estudos.

Quinze Estados-membros atingiram já os objectivos nacionais para 2020 neste indicador: a República Checa, a Dinamarca, a Alemanha, a Grécia, a França, a Croácia, a Itália, Chipre, a Letónia, a Lituânia, o Luxemburgo, a Áustria, a Eslovénia e a Suécia.

Outro objectivo definido no âmbito da estratégia da UE para o emprego e crescimento Europa 2020 é a do aumento do número de licenciados.

Portugal teve, no ano passado, 31,1% de pessoas entre os 30 e os 34 anos que terminaram com sucesso o ensino superior, que compara com 12,9% de 2002 e 30% de 2013.

A média da UE para este indicador é de 37,9%, face aos 23,6% de 2002 e aos 37,1% de 2103.

O objectivo nacional para 2020 é de 40%, o mesmo que o da média da UE.

Em 2014, mais de metade da população entre os 30 e os 34 anos concluiu o ensino superior na Lituânia (53,3%), no Luxemburgo (52,7%), em Chipre (52,5% e na Irlanda (52,2%).

No outro extremo da tabela estão a Itália (23,9%), a Roménia (25%), Malta (26,6%), a Eslováquia (26,9%) e a República Checa (28,2%).

Doze Estados-membros já atingiram os seus objectivos nacionais para este indicador: Dinamarca, Estónia, Grécia, Chipre, Letónia, Lituânia, Hungria, Holanda, Áustria, Eslovénia, Finlândia e Suécia.

Lusa/SOL