De clássico só teve o nome. Benfica sorriu no final

Um empate sem golos (0-0) chegou para o Benfica anular a ameaça do FC Porto e ficar a um pequeno passo de conquistar o bicampeonato. As ‘águias’ conservam assim três pontos de avanço para a concorrência – que na prática são quatro devido à vantagem no confronto directo – a quatro jornadas do fim do…

De clássico só teve o nome. Benfica sorriu no final

Num jogo pautado por duas equipas amarradas no meio-campo e com poucas oportunidades de golo criadas de parte a parte, apesar do FC Porto ter tido mais bola durante os 90 minutos, o Benfica voltou a ficar em branco no marcador – depois de 92 jogos consecutivos a marcar em casa na 1.ª Liga -, o que não é propriamente mau. Três vitórias chegam agora para os ‘encarnados’ se sagrarem campeões nacionais, que até se podem dar ao luxo de perder um jogo.

No clássico que teve mais brasileiros em campo da história (12 titulares: 6 para cada lado), os pupilos de Jorge Jesus agarraram-se à ideia que o empate servia (e serviu mesmo) e pela primeira vez desde que o técnico chegou ao clube as ‘águias’ não festejaram qualquer golo na Luz.

Até ao intervalo, apenas uma nota de registo para quebrar a monotonia que se abateu sobre os 63.534 adeptos presentes nas bancadas: um remate do avançado colombiano Jackson Martínez para as bancadas, em posição frontal para a baliza de Júlio César, após um mau alívio da defensiva ‘encarnada’. O regresso das duas equipas do balneário pouco ou nada mudou.

O primeiro remate do Benfica à baliza de Helton surgiu já à passagem dos 50’, pelos pés de Talisca. Sem perigo. Pouco tempo depois, o médio brasileiro voltou a estar em destaque, num cabeceamento que fez a bola passar a milímetros do golo.

À semelhança do primeiro tempo, o clássico continuou a ser jogado a um ritmo alto, mas condicionado ao miolo do terreno, o que favorecia as ambições das ‘águias’. Apesar do FC Porto ter apostado nos últimos minutos em ataques rápidos pelas alas, nunca conseguiu materializar o ligeiro ascendente e viu Fejsa, já perto perto do apito final (84’), ficar muito próximo de abrir o marcador. O médio sérvio, tal como Jackson Martínez na primeira parte, ficou sozinho na cara de Helton, em cima da marca de penálti, mas atirou muito por cima do alvo.

O nulo acaba por castigar um clássico intenso mas fraco (desde 2001/02 que as duas equipas não empatavam sem golos), que deixa o líder Benfica a depender apenas de si próprio para conquistar o campeonato pelo segundo ano consecutivo.

hugo.alegre@sol.pt