Os ataques israelitas a estas escolas, entre 16 de Julho e 26 de Agosto de 2014, provocaram pelo menos 44 mortos e 227 feridos entre os civis palestinianos que as usavam como abrigo.
O relatório, do qual a agência noticiosa AFP obteve um resumo do que foi transmitido hoje ao Conselho de Segurança, confirma também que existiam armas dissimuladas em três escolas geridas pela agência da ONU de ajuda aos refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês) por grupos armados palestinianos que combatiam as forças israelitas.
A comissão que fez o inquérito admitiu como possível que combatentes palestinianos tenham podido utilizar duas destas escolas para lançar ataques.
Em cada um dos sete incidentes relatados em que houve vítimas e estragos causados por tiros de artilharia ou mísseis nas escolas, ou nas suas proximidades, os investigadores da ONU responsabilizaram os militares israelitas.
Acrescentaram que, em alguns dos casos, as testemunhas inquiridas não constataram qualquer actividade de grupos palestinianos, nas escolas ou nas suas proximidades, que tivessem podido justificar os ataques israelitas.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, nomeou em Novembro de 2014 um grupo de peritos independentes, presidido pelo holandês Patrick Cammaert, para investigar os ataques às instalações da ONU durante a ofensiva militar israelita em Gaza contra o movimento palestiniano Hamas.
Lusa/SOL
