Nepal: Homem de 101 anos resgatado dos escombros uma semana após o sismo

Um homem de 101 anos foi retirado no sábado dos escombros da sua casa no Nepal, uma semana após o terremoto que causou mais de 7.000 mortos, disse hoje a polícia.

Nepal: Homem de 101 anos resgatado dos escombros uma semana após o sismo

O idoso foi encontrado no sábado e foi hospitalizado, disse Arun Kumar Singh, um oficial da polícia local.

O balanço final do número de mortos do terremoto, que matou mais de 7.000 pessoas e causou mais de 14.000 feridos em Abril no Nepal será "muito maior", advertiu hoje o ministro das Finanças do país dos Himalaias.

"Há aldeias que não temos sido capazes de alcançar, mas onde sabemos que todas as casas foram destruídas", disse Ram Sharan Mahat.

"As réplicas são infinitas e nós acreditamos que o número final de mortos será muito maior", acrescentou.

Por seu lado, o primeiro-ministro nepalês, Sushil Koirala, advertiu hoje em Katmandu que a crise humana que se seguiu ao terremoto pode piorar consideravelmente se as vítimas não recebem a ajuda de que necessitam antes da chegada das chuvas de monção.

Koirala proferiu estas declarações numa reunião com representantes do Programa Alimentar Mundial (PAM), na qual acrescentou nunca ter imaginado que um terremoto de 7,8 graus de magnitude pudesse atingir o Nepal, como aconteceu há uma semana.

O governante também pediu à comunidade internacional, com urgência, tendas, alimentos secos, equipamentos de purificação de água e medicamentos para as vítimas.

O PMA enviou alimentos para cerca de 80.000 vítimas do terremoto, segundo o diário local Himalayan Times.

As equipas de socorro elevam, diariamente, o número de vítimas do sismo à medida que vão conseguindo retirar corpos entre os escombros e acedendo a locais por vezes remotos ou de difícil acesso devido à destruição provocada pelo sismo.

O sismo ocorrido a 25 de Abril provocou ainda elevados danos materiais, inclusivamente em edifícios classificado como património mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Lusa/SOL