Cerca de 40 migrantes morreram no canal da Sicília, na sequência de um acidente com a embarcação pneumática em que viajavam, disseram hoje sobreviventes que chegaram a Catânia, na Sicília.
"Eles disseram que eram 137 num bote pneumático que se esvaziou ou explodiu - não é claro - e uma parte das pessoas caiu ao mar. Alguns falaram de numerosos mortos e outros disseram cerca de 40", declarou Giovanna di Benedetto, da organização não-governamental (ONG) Save The Children, à chegada dos sobreviventes a Catânia.
Os sobreviventes integram um grupo de quase 200 migrantes, que estavam em duas embarcações separadas e foram socorridos nos últimos dias, nas águas ao largo da Sicília.
Os sobreviventes chegaram hoje a Catânia, na costa leste da ilha italiana, a bordo do cargueiro "Zeran", que também transportava cinco corpos.
De acordo com os sobreviventes, o acidente ocorreu pouco antes das operações de socorro do fim-de-semana, durante as quais a marinha e guarda costeira italianas salvaram perto de seis mil pessoas, com a ajuda de vários navios da marinha mercante.
Na segunda-feira, mais de três mil migrantes chegaram aos portos do sul de Itália, incluindo uma bebé nascida a bordo do navio de patrulha italiano "Bettica".
A mãe entrou em trabalho de parto à partida da Líbia, já a bordo de uma das quatro embarcações socorridas pelo "Bettica".
Este aumento do número de embarcações que partiram da Líbia no fim-de-semana deveu-se ao bom tempo e mar calmo.
Mais de 1.750 pessoas morreram nas águas entre a Líbia e Itália desde o início deste ano, de acordo com estimativas recentes.
Lusa/SOL