A operação vai seguir a mesma metodologia e contará com a colaboração das juntas de freguesia e organizações que trabalham com esta população. A recontagem visa avaliar o número, a tipologia e eventuais alterações da população sem-abrigo da capital, neste ano e meio.
“Vai ser quase igual [à primeira contagem]. A única alteração é que vamos acolher mais voluntários. Quando fizemos a primeira contagem abrimos a possibilidade de voluntários se inscreverem e tivemos de não aceitar alguns, porque não tínhamos condição de coordenação de equipas para o fazer. Neste momento assumimos que podíamos fazer o acompanhamento de 1200 voluntários o, que nos permitirá [ter] mais olhos sobre a realidade”, explicou à agência Lusa a administradora da Acção Social da SCML, Rita Valadas.
A administradora da Acção Social da SCML destacou que, desde Dezembro de 2013 até agora, os representantes da Santa Casa “não estiveram de braços cruzados” e que foram implementadas medidas no terreno, com vista a melhorar as condições da população sem-abrigo da capital. “Organizámos a estrutura, definimos os eixos de actuação com a população sem-abrigo, e responsabilizámos por eixo uma instituição. Temos uma sede, no Cais do Sodré, de onde parte todo o trabalho com esta população”, frisou, acrescentando que a recontagem pretende também “medir até que ponto há reconhecimento disto e [se] as pessoas [se] sentem mais protegidas e mais próximas das instituições, e encontrar soluções”.
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