"Não temos de momento o balanço exato das vítimas, mas cremos que pelo menos 500 pessoas, civis e militares, foram mortos nestes dois últimos dias", declarou à agência France Presse Muhannad Haimur, porta-voz do governador da província de Al-Anbar da qual Ramadi é a capital.
Os 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico (EI) tomaram hoje posse do quartel-general das forças de segurança na província de Al-Anbar em Ramadi, reforçando o seu domínio na cidade, onde lançaram na quinta-feira uma nova ofensiva com uma vaga de atentados suicidas.
Na sexta-feira, o grupo radical assumiu o controlo da maioria dos bairros centrais de Ramadi e fez explodir o quartel-general da polícia e as instalações do governador.
O coronel da polícia Jabbar al-Assafi disse hoje à AFP que as forças governamentais retiraram da cidade de Ramadi.
"As forças de segurança — exército e polícia — saíram de Ramadi. Estão a dirigir-se para a principal auto-estrada", a oeste da cidade, referiu num contacto telefónico.
Segundo Haimur, "Ramadi não caiu, ainda há gente a lutar em alguns bairros".
O EI controla já a maior parte da vasta província desértica de Al-Anbar, que se estende das fronteiras síria, jordana e saudita até às portas de Bagdad.
A queda de Ramadi, a 100 quilómetros de Bagdad, representará um sério revés para o governo do primeiro-ministro, Haider Al-Abadi, que prometeu que a reconquista de Al-Anbar seria o objetivo das suas forças após a recuperação de Tikrit (norte) aos 'jihadistas' em março.
Lusa/SOL