O Cais do Sodré de Luanda

As festas à tarde têm outro encanto, ainda para mais se forem na praia. E foi isso que vivemos no último sábado no Shogun, um restaurante-bar à entrada da Ilha de Luanda. O tempo quente, apesar do céu encoberto, convidava a uma bebida refrescante no final de tarde. O público começou a aparecer cedo, por…

Por volta das 20 horas a festa terminou, com a pista quase cheia. À frente do sunset estava a minha amiga Helga Barroso que ia fazendo as honras da casa, circulando pelo espaço e providenciando que nada faltasse. Foram quatro horas bem divertidas ao som de boa música e que serviu para recarregar energias.

Mais à frente do Shogun, e já na Ilha, há três ou quatro bares na Marginal que começam bem cedo a servir copos. Uma boa parte da clientela que procura esses espaços começa a trabalhar bem cedo e não gosta de grandes noitadas, optando por beber um gin ao final da tarde. O mais concorrido é o Twenty, até porque a música é a melhor, segundo os padrões daqueles que gostam de uma house tranquila. Nos outros bares é o hip hop e as 'kinzombadas' que fazem as delícias do público que opta por ficar no passeio, em vez de entrar no bar propriamente dito. Digamos que à entrada da Ilha se está a 'fazer' um mini-Cais do Sodré em que as pessoas optam por beber na rua, existindo mesas e bancos de pé alto, em vez de se encafuarem no espaço fechado.

Crónica originalmente publicada na edição em papel do SOL de 15/05/2015

vitor.rainho@sol.pt