Portugal continua a atrair investidores brasileiros

Os investidores brasileiros continuam a apostar no imobiliário português. A autorização de residência com os vistos gold, a segurança, o clima e os benefícios fiscais são apenas alguns dos motivos mais conhecidos para comprarem imóveis em Portugal. São de facto muitas as razões que fazem do nosso país um destino atractivo para os investidores internacionais.

É pelo crescente interesse no mercado português que a Porta da Frente, em conjunto com a afiliada Christie's Judice & Araujo, a Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro, e ainda o apoio da TFRA Advogados, vão estar reunidos num evento destinado a promover e vender imóveis de Portugal.

Trata-se da segunda edição do 'Investimento imobiliário em Portugal: Enquadramento e oportunidades'. A primeira teve lugar em São Paulo, em Fevereiro deste ano, e contou com 350 convidados. A adesão ao evento superou de tal forma as expectativas que houve a necessidade de repeti-lo poucos meses depois, agora no Rio de Janeiro. Será amanhã, dia 28, no hotel Pestana Rio Atlântica.

Rafael Ascenso, sócio-gerente da Porta da Frente, revela que os clientes de nacionalidade brasileira representaram 27% dos negócios da empresa em 2014, e que estão muito atentos a Portugal e na procura de imóveis no nosso país.

A nível de investimento, Rafael Ascenso enumera alguns dos principais motivos de interesse por parte do cliente brasileiro. “Portugal não sofreu especulação imobiliária nos últimos 15 anos. O mercado imobiliário é altamente desenvolvido e maduro, estando à altura dos melhores padrões europeus em termos de qualidade, transparência e dinamismo. A diversificação de investimento e a um custo de 0,38% permite transferir fundos depositados no Brasil para compra de imóveis em Portugal”, explica.

O responsável adianta ainda que, na compra de apartamentos em edifícios de reabilitação urbana, no centro de Lisboa, o investidor brasileiro fica com isenção total e definitiva de impostos de aquisição – IMT e Imposto de Selo – e também uma isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis durante cinco anos.

Esclarece também que o nosso país está em recuperação e esta é a altura certa para investir. “Tem sido reconhecido por todos os parceiros europeus que Portugal está no caminho certo para a sua recuperação económica”, adianta.

Qualidade a baixo custo

Também os benefícios de ordem fiscal são muito atractivos para os investidores, nomeadamente, não existir imposto sucessório e implementarmos impostos baixos comparados com o resto da Europa. “O imobiliário é um dos sectores onde estamos mais desenvolvidos a nível mundial. Todos os estrangeiros valorizam a qualidade da construção portuguesa, o cuidado que temos com os pormenores e com os acabamentos. Outra coisa é a questão legal: conservatória, registos, notariado… somos dos países mais avançados a esse nível”, continua Rafael Ascenso.

Mas na opinião do responsável existem mais vantagens: um valor por metro quadrado (m2) muito abaixo do de outras capitais e grandes cidades europeias; Portugal ser dos poucos países que não tiveram bolhas imobiliárias; o mercado (especialmente Lisboa e a zona de Cascais e Estoril) ter conseguido sempre controlar a procura através de uma oferta selectiva.

Além das vantagens do visto gold e do Regime Fiscal para Residentes Não Habituais, que tem atraído muitos franceses e suecos, Rafael Ascenso divulga outro factor muito importante: o facto de o IVA para a reabilitação urbana ser muito inferior ao da construção normal, assim como a isenção de IMT para esses casos e a isenção de IMI durante alguns anos.

Brasileiros procuram essencialmente casas novas

E o que procuram os brasileiros? Procuram essencialmente imóveis novos ou em construção no centro da cidade e nas zonas nobres do Estoril e Cascais. Maioritariamente apartamentos, já que as moradias envolvem manutenção e os brasileiros não querem ter esse tipo de preocupações.

Existe ainda um factor comum no perfil dos investidores brasileiros: diversificação de investimento num mercado seguro. “Muitos compram para passar umas temporadas, outros para colocar no mercado de arrendamento e colherem alguma rentabilidade, e há um número crescente de compradores que vêm mesmo viver com as famílias para Portugal”, conclui o responsável da Porta da Frente.

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