‘Esta foi a primeira vez que houve convite para visita oficial à Madeira’

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que esta foi a primeira vez que recebeu um convite para uma visita oficial à Madeira, mas negou que houvesse “qualquer mau relacionamento” com o Governo Regional chefiado por Alberto João Jardim.

‘Esta foi a primeira vez que houve convite para visita oficial à Madeira’

Pedro Passos Coelho falava numa conferência de imprensa conjunta com o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, na Quinta Vigia, no Funchal, sede do executivo madeirense, no primeiro de dois dias da sua primeira visita oficial a esta região autónoma.

Questionado sobre por que motivo só agora realizou esta visita oficial à Madeira, respondeu: "Em primeiro lugar, esta não é a primeira vez que eu estou na Quinta da Vigia. Eu já aqui estive noutras ocasiões, e como primeiro-ministro. O que não tivemos foi a possibilidade de fazer reuniões dos dois governos numa visita oficial. Esta é a primeira vez que ocorre, porque foi a primeira vez que houve esse convite para esse objectivo".

"Isso não significa, de modo nenhum, que existisse qualquer mau relacionamento entre o Governo da República e o Governo da Madeira", acrescentou o primeiro-ministro.

Miguel Albuquerque, que tomou posse como presidente do Governo Regional em Abril, substituindo Alberto João Jardim, convidou nesse mesmo mês Pedro Passos Coelho para uma visita oficial à Madeira.

Ainda a propósito do relacionamento com o anterior executivo madeirense, Passos Coelho referiu que recebeu "várias vezes" Alberto João Jardim na sua residência oficial em São Bento, Lisboa.

"E promovi várias reuniões com a presença da senhora ministra das Finanças e do senhor ministro da Presidência, sempre que os assuntos a tratar no âmbito da avaliação económica do Programa de Assistência Económica e Financeira o justificavam", acentuou.

"Portanto, o relacionamento institucional entre o Governo da República e os governos regionais é, posso dizê-lo, impecável, e não haveria razão nenhuma para não ser assim. Nós não confundimos, portanto, aquilo que possam ser opiniões políticas que os representantes de cada Governo em cada momento possam ter com aquilo que é o relacionamento institucional", afirmou.

Passos Coelho disse ainda que "não é por ter uma relação particular até de amizade com o doutor Miguel Albuquerque que a Região Autónoma da Madeira será favorecida ou prejudicada" e que não discrimina as regiões autónomas em função dos respectivos governos e governantes.

"Temos uma relação impecável com o Governo da Região Autónoma da Madeira, como temos com o Governo da Região da Madeira", considerou.

Lusa/SOL