O georgiano cedo se destacou por apoiar a revolta dos manifestantes de Maidan contra a liderança de Ianukovich . Já com Petro Porochenko na presidência, Saakashvili tornou-se chefe de um grupo internacional de conselheiros para as reformas na Ucrânia. Agora fica responsável por uma região particularmente sensível, dada a sua posição geoestratégica, a sua composição étnica (cerca de um terço é russo).
Ao “grande amigo da Ucrânia”, como foi apresentado por Porochenko na cerimónia, foi concedida naturalidade ucraniana. Um requisito para poder exercer um cargo desta natureza, mas também uma forma de não extraditar Saakashvili. O homem que liderou a Geórgia durante a breve guerra com a Rússia, em 2008, por causa da Ossétia do Sul, é procurado no seu país natal por diversos crimes (abuso de poder, desbaratar dinheiros públicos, etc.).
A notícia caiu mal em Moscovo. O primeiro-ministro Dmitri Medvedev tuitou “O circo continua. Triste Ucrânia…”