Luxemburgo: ‘Não’ ao voto de imigrantes lidera referendo

O “não” ao voto dos imigrantes no Luxemburgo lidera o referendo, com 78% dos votos, e vence em Larochette, a “aldeia mais portuguesa do Luxemburgo”, quando ainda falta apurar dez por cento dos resultados. 

A vitória do "não", no referendo, decepcionou alguns dos moradores da pequena localidade, com mais de 50% de portugueses. 

"Para mim esse resultado não é bom, porque toda a gente devia ter o direito de votar, sejam os luxemburgueses, sejam os portugueses", disse à Lusa Carlos Alberto, há 43 anos no Luxemburgo.

Na pequena localidade, só 27% dos eleitores votaram "sim" no referendo, reservado aos luxemburgueses, que constituem cerca de 40% da população.

A nível nacional, o "não" recolheu, para já, 78% dos votos apurados em 94 das 105 autarquias do país, quando ainda falta apurar a capital e as maiores localidades.

Cerca de 162 mil pessoas votaram contra a abertura das eleições legislativas ao voto dos estrangeiros residentes, contra 28 mil a favor do "sim". 

O partido nacionalista luxemburguês ADR, que é contra o direito de voto dos estrangeiros, agradeceu já hoje, no Twitter, aos eleitores que votaram "não".

Os luxemburgueses foram hoje chamados a pronunciar-se por referendo sobre três questões, incluindo a participação dos estrangeiros nas legislativas, uma iniciativa que tem o apoio do Governo, formado pelo Partido Democrático, Socialistas e Verdes. 

O partido cristão-social (CSV), do antigo primeiro-ministro Jean-Claude Juncker, atual presidente da Comissão Europeia, fez campanha contra o voto dos estrangeiros nas legislativas, propondo em alternativa facilitar o acesso à dupla nacionalidade.

Lusa/SOL