Norte-americano libertado depois de passar 10 anos no corredor da morte

Alfred Dewayne Brown, condenado à pena capital em 2005 pelo assassínio de duas pessoas no estado do Texas, vai ser libertado, por terem sido retiradas as acusações, depois de passar 10 anos no designado corredor da morte. 

O caso remonta a 03 de abril de 2003, quando o agente da polícia de Houston Charles Clark e a comerciante Alfredia Jones foram assassinados, durante um assalto, em que, segundo a sua condenação, Brown participou com dois cúmplices, Dashan Glaspie e Elijah Joubert.

Brown, um afro-americano que agora tem 33 anos, argumentou sempre que no momento do crime estava com a sua noiva, facto que esta corroborou inicialmente, mas de que se retratou posteriormente, em declarações aos jurados. 

Em outubro de 2005, foi condenado à morte pelos assassínios, a mesma pena que foi atribuída a Joubert, enquanto Glaspie recebeu uma pena de 30 anos de prisão por roubo agravado. 

O caso sofreu uma alteração em novembro de 2014, quando o Tribunal de Apelo Criminal do Texas aceitou uma petição dos seus advogados para revogar a condenação e repetir o julgamento. 

A defesa alegou que os polícias esconderam uma prova que demonstra a inocência de Brown, em concreto um registo de uma chamada telefónica que o situa na casa da namorada no momento do crime. 

Na segunda-feira, a procuradora do condado de Harris, Devon Anderson, anunciou que retirava as acusações e renunciava a repetir o julgamento, pelo que se espera que o preso seja colocado em liberdade nas próximas horas. 

Brown é já 0 154.º preso — e o quarto em 2015 — a ser exonerado de acusações depois de passar pelo corredor da morte, segundo informações coligidas pelo Centro de Informação do Observatório da Pena de Morte (DPIC, na sigla em Inglês). 

Lusa/SOL