Secretário de Estado da Saúde garante que acesso ao SNS não está em causa

O secretário de Estado e adjunto da Saúde considerou hoje que o Relatório da Primavera, que aponta efeitos da crise na saúde, peca “por omissão” e assegurou que o acesso ao Serviço Nacional de Saúde não está em risco.

Fernando Leal da Costa, que hoje esteve presente na parte final do Relatório da Primavera 2015, elaborado pelo  Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS), disse aos jornalistas que não existem dados capazes de demostrar o impacto negativo da presença da 'troika' na saúde dos portugueses.

Uma visão diferente dos peritos do OPSS, que analisaram a saúde dos portugueses após a intervenção da 'troika' e concluíram que, além de o número de enfermeiros estar "claramente abaixo" da média da OCDE (países desenvolvidos), os médicos estão mal distribuídos e o valor das taxas moderadoras afasta os utentes.

"O SNS é a instituição mais sólida do tecido social", disse Fernando Leal da Costa, lamentando que alguns indicadores não constem do relatório, tais como a diminuição de doenças, como a tuberculose, ou a taxa de operacionalidade das Viatura Médica de Emergência e Reanimação, que "é total".

O governante refutou alguns dados que constam do documento, garantindo que "os médicos não diminuíram" e que as horas de enfermagem produzida até aumentaram.

"A história analisará o nosso trabalho com a imparcialidade que alguns analistas ainda não conseguem ter", disse.

Lusa/SOL

Observatório: Faltam enfermeiros e taxas moderadoras afastam utentes