Dez das 38 vítimas do atentado na Tunísia já foram identificadas

Dez das 38 vítimas mortais do atentado de sexta-feira na Tunísia já foram identificadas e são na maioria britânicas, disse à agência France Fress o ministro da Saúde da Tunísia.

Dez das 38 vítimas do atentado na Tunísia já foram identificadas

"Dez dos 38 cadáveres foram identificados sendo oito britânicos, um belga e um alemão", disse Naoufel Somrani, o diretor dos serviços de urgência do Ministério, sem mencionar pormenores em relação a vítimas francesas ao contrário do que anunciara na sexta-feira à noite o primeiro-ministro Habib Essid.

Entretanto, centenas de turistas estrangeiros foram retirados hoje da Tunísia um dia depois do atentado reivindicado pelo grupo ´jihadista` Estado Islâmico (EI) contra um hotel, que fez perto de 40 mortos, na maioria britânicos.

Depois do ataque, perpetrado por um estudante tunisino, o primeiro-ministro assegurou que perto de 80 mesquitas acusadas de "incitamento à violência" serão encerradas. Anunciou ainda que vai recorrer às reservas militares para reforçar a segurança em locais sensíveis.

O autor do atentado era um estudante que se fez passar por turista. Escondia uma arma num guarda-sol e abriu fogo na praia e à beira das piscinas do hotel Riu Imperial Marhaba em Kantaoui, perto de Sousse, a 140 quilómetros a sul da capital tunisina.

O atentado ocorreu no mesmo dia em que o EI reivindicou um atentado contra uma mesquita xiita no Kuwait que provocou 26 mortos e em que um homem foi decapitado em França e a três dias do primeiro aniversário da instituição do "califado" proclamado pelo grupo ´jihadista` sobre os territórios conquistados na Síria e no Iraque.

Treze voos com destino a Londres, Manchester, Amesterdão, Bruxelas e São Petersburgo estão já marcados para saírem do aeroporto de Tunes.

"Temos medo, não nos sentimos seguros", disse à France Presse um turista do País de Gales.

"A nossa agência aconselhou-nos a voltar de imediato ao nosso país, a Bélgica. Tornou-se uma obrigação deixar a Tunísia de imediato", disse à agência de notícias francesa uma jovem turista belga.

O atentado ocorreu três meses depois do ataque ao Museu do Bardo (Tunísia), que fez 22 mortos, reivindicado pelo Estado Islâmico.

Este grupo ultrarradical sunita reivindicou nos últimos meses atentados na Líbia, Yemen, Egito e Arábia Saudita.

Lusa/SOL