O "Eurogroup working group" é composto por representantes dos Estados-membros da zona euro que integram o Comité Económico e Financeiro e por representantes da Comissão Europeia e Banco Central Europeu, sendo a sua missão prestar assistência ao Eurogrupo na preparação das reuniões deste fórum, pelo que costuma reunir-se em vésperas dos encontros dos ministros das Finanças da zona euro.
No entanto, para já, não está ainda agendada qualquer reunião extraordinária do Eurogrupo sobre a Grécia – estando apenas calendarizada uma reunião ordinária do fórum de ministros das Finanças para 13 de julho -, sendo contudo provável que venha a ser convocado um encontro antes dessa data para discutir a Grécia, apontaram outras fontes.
Os membros do grupo de trabalho do Eurogrupo — normalmente os responsáveis pelo Tesouro ou "números 2" dos ministérios das Finanças — irão então apreciar o resultado do referendo na Grécia, que, de acordo com os resultados já conhecidos, ditou a vitória do "não" às propostas dos credores.
A última reunião do Eurogrupo sobre a Grécia — a última de uma "maratona" de encontros que teve lugar no final de junho -, teve lugar na quarta-feira passada, por teleconferência, tendo os ministros das Finanças da zona euro decidido só voltar a discutir o assunto depois da consulta popular de hoje, apesar de o Governo grego ter apresentado novas propostas na última semana.
Na ocasião, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, indicou que não haveria mais conversações entre as instituições e as autoridades gregas até se conhecer o resultado do referendo, indicando que, "dada a situação política, a rejeição das propostas anteriores, o referendo de domingo e o apelo do Governo grego ao voto no 'não'", não havia condições para mais negociações até à consulta.
O referendo, o primeiro desde 1974, serve para os gregos decidirem se aceitam o programa apresentado pelos credores internacionais (Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu) há mais de uma semana.
Contudo, esse programa já não existe, dado que Atenas falhou o pagamento de 1,55 mil milhões de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI) a meio da semana passada.
Lusa/SOL