52 mil pessoas no fecho do NOS Alive

Disclosure, Chet Faker e Sam Smith encheram no sábado o último dia do NOS Alive, no Passeio Marítimo de Algés, Oeiras, confirmando o aumento de popularidade no festival, onde já tinham atuado em palcos mais pequenos.

52 mil pessoas no fecho do NOS Alive

No sábado estiveram no festival cerca de 52 mil pessoas, de acordo com o promotor Álvaro Covões. Nos três dias estiveram cerca de 155 mil pessoas.

Foi um festival de muitos reencontros do público português com artistas internacionais, como Muse, The Prodigy e Sam Smith.

Assim que pisou o palco, Sam Smith foi recebido em ambiente de histeria.

"Nem sabem como isto é incrível. No ano passado toquei na tenda ali ao fundo e agora estou aqui. Estou sem palavras", afirmou.

Com apenas um álbum editado, "In the Lonely Hour", que lhe valeu quatro Grammy e cinco milhões de discos vendidos, Sam Smith pôs toda a gente a cantar temas como "I'm not the only one", "Like I can", "Latch" (que gravou com Disclosure) e "Stay with Me".

Pelo meio, o músico fez versões de canções de Amy Winehouse, Marvin Gaye e Elvis Presley, entre outros.

Quem também atuou na tenda no ano passado e desta vez transitou para o palco maior foi Chet Faker, convocado para o Alive para substituir Stromae.

Apesar de ter dado um concerto curto, Chet Faker prendeu o público com temas como "Gold", "Talk is cheap" e a versão de "No Diggity" dos Blackstreet.

A encerrar o palco maior esteve a dupla Disclosure, que em 2013 tinha atuado na tenda Clubbing.

Os irmãos Guy e Howard Lawrence anteciparam o álbum "Caracal" que editarão depois do verão.

Ao longo do dia passaram pelo Alive várias bandas que já existiam quando muitos dos 'festivaleiros' eram crianças, como os Counting Crows, os Mogwai e os The Jesus and Mary Chain.

Os primeiros fizeram sucesso em 1993 com o tema "Mr. Jones", que incluíram no alinhamento. O concerto marcou o fim da digressão europeia da banda e encerrou com "Accidentally in Love", música da banda sonora do filme de animação Shrek2, com resposta efusiva do público.

O concerto mais desprovido de artifícios e aparato deste festival coube aos britânicos Sleaford Mods. Bastou um microfone e um computador portátil para Jason Williamson e Andrew Frean protagonizarem uma das atuações do último dia, ao cair da tarde.

O vocalista Jason Williamson, com um sotaque cerrado, fez uma ácida dedicatória ao primeiro-ministro britânico e falou das agruras dos tempos modernos – desemprego, falta de dinheiro, prepotência e humilhação -, por cima de uma base instrumental que era disparada de rajada do computador. Andrew Frean, em frente ao computador, esteve quase sempre de mãos nos bolsos em palco a apreciar a atuação.

A tenda onde se estrearam os Sleaford Mods encheu depois para os portugueses Dead Combo, que se fizeram acompanhar por percussão. Pedro Gonçalves e Tó Trips revisitaram a discografia, com especiais aplausos para "A menina dança", "A bunch of meninos" e "Rodada", entre outros temas. Fecharam a atuação com uma referência à Grécia, interpretando o tema "Zorba", do compositor Mikis Theodorakis.

No mesmo palco dos Dead Combo, os britânicos Mogwai celebraram 20 anos de carreira e os conterrâneos The Jesus and Mary Chain assinalaram os 30 anos do álbum "Psychocandy".

Este ano, a cobertura do festival contou com mais de 400 jornalistas acreditados, dos quais cerca de 70 eram estrangeiros, vindos de publicações como El Mundo e ABC (Espanha), Rolling Stone de Itália, Les Inrockuptibles (França) e New Musical Express (Reino Unido).

A organização já colocou à venda os bilhetes para 2016. A 10.ª edição decorrerá de 07 a 09 de julho.

Lusa/SOL