PSP Porto faz a sua ‘maior apreensão de sempre’ de heroína

A PSP do Porto disse hoje que fez a sua “maior apreensão de sempre” de heroína, mais de seis quilos em estado puro, e precisou que aquela droga, caso fosse introduzida no mercado, valeria cerca de um milhão de euros.

A operação "destaca-se pela grande apreensão" de heroína, "sendo que a maioria dela está em estado puro e por preparar", declarou em conferência de imprensa, Afonso Sousa, da Divisão de Investigação Criminal do Porto.

Afonso Sousa assumiu hoje, na conferência de imprensa, que a operação de combate ao tráfico de droga que se prolongou por dois anos resultou na "maior apreensão de heroína de sempre de uma vez só" daquela divisão da PSP desde que existe. Desde o princípio da operação, que decorreu em três fases, já foram detidas 29 pessoas — 11 estão em prisão preventiva – e apreendeu-se 160 mil euros em dinheiro. 

Os detidos, com idades compreendidas entre os 20 e os 40 anos de idade, não ofereceram resistência, têm relação familiar entre si e atuavam em conjunto, obedecendo a uma hierarquia, segundo a polícia.

A maioria dos detidos não tinha uma profissão e dedicava-se apenas ao tráfico, considera a autoridade.

As buscas policiais, que envolveram 230 elementos da PSP do Porto, incidiram principalmente no Bairro Pinheiro Torres do Porto e em bairros limítrofes designadamente Pasteleira, Pasteleira Nova, Bairro da Mouteira e Bairro Rainha Dona Leonor. Nas duas fases anteriores da operação policial, a investigação estendeu-se também à Maia, Santa Maria da Feira e Rio Tinto.

Segundo Afonso Sousa, a última fase da operação terminou na quinta-feira com a detenção de um grupo de 13 pessoas — dez homens e três mulheres — no Porto e com a apreensão de mais de cinco quilos de heroína, cerca de um quilo e meio de cocaína e 130 gramas de haxixe.

A heroína apreendida era suficiente para 62.100 doses individuais e a cocaína chegava para 13.850 doses individuais, lê-se no comunicado da PSP enviado hoje à comunicação social.

A rede criminosa obtinha o produto em grande quantidade e "em estado puro" e depois cozinhava-o para venda, explicou a mesma fonte policial, referindo que os elementos envolvidos podem ser acusados de associação criminosa, para além do crime de tráfico de droga.

Na operação policial a apreensão dos vários quilos de heroína e cocaína se fossem vendidos no mercado daria para perto de "um milhão de euros", se a grama do produto for vendida a 50 euros. 

Durante a última fase da operação policial, onde foram realizadas 56 buscas domiciliárias e não domiciliárias, resultou a apreensão de "64 mil euros em notas do Banco Central Europeu", "dois revólveres", "munições" e "diversas armas proibidas".

Os 13 detidos na terceira e última fase da investigação devem ser hoje ouvidos pelas autoridades policiais.

Lusa/SOL