Autarquia portuguesa candidata-se a Cidade da Música da UNESCO

O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, disse hoje à agência Lusa que a candidatura a Cidade da Música no âmbito da rede de Cidades Criativas da UNESCO está oficialmente formalizada.

"Este não foi um processo fácil e estivemos até à última hora a recolher apoios. Chegar aqui é um momento muito importante", afirmou o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto.

O prazo oficial para a formalização da candidatura terminou na quarta-feira, mas o município de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, submeteu o processo um dia antes de terminar o prazo legal.

O autarca disse ainda que houve pelo caminho "alguns obstáculos" no processo de candidatura, sobretudo porque "em Portugal não há muita experiência em fazer candidaturas nesta rede [Cidades Criativas]".

"Foi um grande passo para Idanha-a-Nova e esperemos que seja uma grande vitória. Esta é a primeira candidatura portuguesa no âmbito da música", referiu.

A Câmara de Idanha-a-Nova preparou durante um ano e meio a candidatura, que teve o envolvimento de diversos intervenientes nacionais e internacionais.

Entre as entidades que apoiam esta candidatura encontra-se o Governo português, a Associação Portuguesa de Educação Musical, o Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espectáculo e do Audiovisual, a Comissão Portuguesa da UNESCO e várias cidades que já têm o título de Cidade da Música, com destaque para Mannheim, Bolonha, Sevilha e Hamamatsu.

Atualmente, existem 41 cidades pertencentes à Rede de Cidades Criativas em todo o mundo, seis no tema da Música.

O objetivo é promover o desenvolvimento social, económico e cultural destas cidades e comunidades, tendo por base as indústrias criativas.

Lusa/SOL