Valeu e vai valer a pena!

A actual legislatura encaminha-se a passos largos para o fim.  Pela singularidade dos desafios, sua dificuldade e necessidade permanente de superação, foi uma legislatura única. 

Foi uma legislatura em que Portugal passou de uma situação de país em pré-falência, e intervencionado por entidades internacionais, para uma situação de reconhecimento e respeito internacionais. 

Ora, o que hoje se nos afigura como um trajecto ‘normal’ foi tudo menos isso. 

Desde logo, porque a conjuntura era reconhecidamente adversa: inseridos numa Europa ‘sem rei nem roque’, sem estratégia e sem rumo – e onde, alicerçado no poderio económico, tem vindo a surgir um indesejável e perigoso IV Reich. 

Mas hoje, inegavelmente, temos um país diferente, um sistema mais competitivo. Passados escassos quatro anos de ajuda financeira internacional, um país melhor do que muitos imaginavam que conseguiríamos vir a ser, e melhor do que alguns, inexplicavelmente, desejariam.

 

Independentemente das nossas preferências ideológicas, temos de reconhecer que, se Portugal conseguiu vencer todos os ventos e marés adversas, internos e externos, foi devido a um homem: Pedro Passos Coelho. 

Ele foi, entre todos, o mais resistente e o mais resiliente às tempestades enfrentadas, e que foram superadas. Com a sua tenacidade – e perante as dúvidas, receios e medos surgidos – ele foi, qual comandante de caravela quinhentista, quem soube manter o rumo, mostrar qual o trilho mais correcto. 

Após quatro anos de sacrifícios, alguns dos quais já parcialmente revertidos, podemos dizer que sim e que valeu a pena! 

Valeu a pena porque, hoje, temos um país com um crescimento económico superior à média comunitária, com uma taxa de desemprego a decrescer consistentemente à custa do sector privado, com as exportações a crescerem a taxas exponenciais, com um equilíbrio da nossa balança de pagamentos com o exterior. 

Mas, mais importante do que o passado, é o futuro. E o futuro vai valer a pena! 

Vai valer a pena acreditarmos e renovarmos a nossa confiança para nos governar, em todos aqueles que nos tiraram das águas e correntes turbulentas, e que são os responsáveis por olharmos para o horizonte e para o futuro e conseguirmos ver esperança. Ver aquilo que há quatro anos era imaginação, uma miragem! 

 

Acredito que nos próximos quatro anos o timoneiro desta enorme caravela chamada Portugal irá novamente ser Pedro Passos Coelho. 

Acredito, desejo, e é de toda a justiça, para bem do nosso futuro colectivo que assim seja. Até porque o que subsiste como opção é entregar o leme da governação do nosso país a um Adamastor, que tenta permanentemente ancorar a esperança dos portugueses. Mas o povo é sábio, e certamente reconhecerá aqueles que melhor defenderam os seus interesses. 

 

O que está em causa nas próximas eleições legislativas já não é só o desperdiçar dos sacrifícios realizados nem o regressarmos a políticas passadas e que quase nos levaram à falência. 

É hipotecarmos os nossos legítimos sonhos colectivos e individuais, é hipotecarmos um modelo de sociedade em que existe lugar para todos e no qual a coesão social é mais do que um chavão. 

É hipotecarmos um país moderno e competitivo internacionalmente. 

É hipotecarmos um país onde seja bom nascer, viver e trabalhar. Eu acredito, que vai valer a pena! 

Já dizia Fernando Pessoa: «Tudo vale a pena se a alma não é pequena». E nós, portugueses, somos gente de uma alma grande, do tamanho do mundo. Vai valer a pena!