Netanyahu defende luta antiterrorista em conversa com Abbas

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, manteve hoje uma rara conversa telefónica com o presidente da Autoridade Palestiniana, na qual condenou a morte de um bebé palestiniano num incêndio causado por colonos judeus e prometeu uma investigação completa.

Netanyahu defende luta antiterrorista em conversa com Abbas

O chefe do Governo israelita disse a Mahmud Abbas que "todos em Israel ficaram chocados com este terrorismo condenável contra a família Dawabsha", informou o gabinete de Netanyahu.

"Temos de lutar o terrorismo em conjunto, independentemente de que lado vem", acrescentou o primeiro-ministro israelita na conversa telefónica com Abbas, segundo o gabinete.

Esta madrugada, um bebé palestiniano de 18 meses morreu e os pais ficaram feridos num incêndio na casa onde viviam. O incêndio foi provocado por colonos judeus na Cisjordânia, de acordo com as forças de segurança palestinianas.

As autoridades disseram que quatro israelitas pegaram fogo à casa, na localidade de Doma.

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) considerou o Governo israelita "completamente responsável" pela morte do bebé.

Antes do contacto telefónico com Mahmud Abbas, o primeiro-ministro israelita já tinha classificado o incêndio como "um ato de terrorismo em todos os aspetos".

"Estou chocado com este ato condenável e horrendo. Isto é um ato de terrorismo em todos os aspetos", declarou Netanyahu, também num comunicado.

Também hoje o presidente da Autoridade Palestiniana fez saber que vai apresentar uma queixa ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

"Estamos a preparar o dossiê que vai ser enviado para o TPI e nada nos vai impedir de apresentar queixa", afirmou Mahmud Abbas, a partir da sede da presidência da Autoridade Palestiniana em Ramallah, na Cisjordânia.

Abbas denunciou igualmente "os crimes de guerra e os crimes contra a humanidade cometidos todos os dias por israelitas contra o povo palestiniano".

Lusa/SOL