Vasco Graça Moura manda suspender Acordo Ortográfico no CCB

Recentemente empossado como presidente do Centro Cultural de Belém, Vasco Graça Moura tomou aquela que é, até agora a sua decisão mais polémica. De acordo com o jornal Público, foi emitida uma circular interna com instruções para a suspensão do Acordo Ortográfico (AO).

o escritor, que desde a primeira hora se opôs ao ao, ordenou que os conversores – ferramentas informáticas que adaptam os textos para as novas regras – sejam desinstalados de todos os computadores da fundação.

em setembro de 2011, o anterior conselho de administração adoptara o acordo em toda a documentação. decisão essa, que graça moura vem agora revogar e que não deixará de provocar controvérsia.

a medida terá sido aprovada unanimemente pela nova administração do ccb, à qual foi distribuído um texto do presidente da instituição, no qual este argumenta que o ao «não está nem pode estar em vigor», pois angola e moçambique ainda não ratificaram o acordo e, segundo a ordem jurídica portuguesa, «a vigência de uma convenção internacional depende, antes de mais da sai entrada em vigor na ordem jurídica internacional.

opositor declarado do ao, num extenso documento vasco graça moura justifica a sua decisão com a inconstitucionalidade da aplicação das novas regras. de acordo com o ex-eurodeputado do psd, estas violam «os artigos da constituição que protegem a língua portuguesa, não apenas como factor de identidade nacional mas como valor cultural em si mesmo».

sol