Falta de tampas paralisou fábrica da Pepsi Cola

A Pepsi Cola anunciou hoje que suspendeu temporariamente a atividade de uma das suas fábricas na Venezuela, porque o seu fornecedor também está paralisado por não dispor de matéria-prima para fabricar as tampas para os seus produtos.

"Ao pararem os nossos fornecedores também pararam as nossas fábricas. Não lhes foram aprovados os dólares para poderem importar a matéria-prima e se eles não podem produzir nós muito menos", disse o porta-voz da empresa, Argenis Peraza.

Segundo o mesmo responsável, foi paralisada a atividade da unidade situada no estado de Carabobo, no centro do país, mas, em breve, estarão na mesma situação as fábricas da Pepsi Cola em Anzoátegui e Caucágua, ambas a leste de Caracas.

"O alumínio para as tampas vem da Alemanha. A nossa capacidade instalada é de 100 milhões de latas mensais e com a paralisação do fabrico por falta de alumínio a fábrica deteve as suas operações", explicou Eliana Castro, uma funcionária, aos jornalistas, detalhando que o fornecedor, "Superenvases de Empresas Polar", se encontra sem matéria-prima há uma semana.

Na Venezuela são cada vez mais frequentes as queixas dos empresários sobre dificuldades para obter os dólares necessários para a importação de matéria-prima usada no fabrico de produtos.

Desde 2003 que vigora no país um apertado sistema de controlo cambial que impede a livre obtenção local de moeda estrangeira e obriga os empresários a recorrerem às autoridades, a fim de obterem autorização para aceder aos dólares para as importações.

Os empresários queixam-se que, mesmo tendo autorização, o Executivo está atrasado na entrega dos dólares, situação que tem causado contratempos com os fornecedores.

Lusa/SOL