Refém norte-americana violada e torturada pelo líder do Estado Islâmico

O líder do grupo extremista Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, violou em várias ocasiões a trabalhadora humanitária norte-americana Kayla Mueller, quando ela estava em cativeiro, disseram à ABC News os pais da jovem assassinada este ano.

"O governo (dos Estados Unidos) disse-nos que Kayla foi torturada, que era propriedade de Baghdadi", disseram hoje os pais da jovem, Carl e Marsha Mueller.

Foi o próprio Baghdadi que levou a jovem voluntária, capturada em agosto de 2013 quando saía de um hospital na cidade síria de Alepo, para a casa de outro dirigente do Estado Islâmico, Abu Sayyaf, que morreu numa operação das forças especiais dos Estados Unidos em maio.

A jovem, de 26 anos, era voluntária de uma organização não-governamental originária do Arizona.

O governo norte-americano confirmou, a 10 de fevereiro, a morte de Kayla Mueller, depois de a polícia federal (FBI) ter comprovado a autenticidade de fotografias enviadas pelos 'jihadistas' à família da jovem por 'email'.

A versão do autoproclamado Estado Islâmico é que Mueller morreu nos bombardeamentos lançados sobre a Síria a 06 de fevereiro pelas Forças Aéreas da Jordânia como represália pelo anúncio do homicídio do piloto jordano Muaz Kasasbeh.

As autoridades norte-americanas não revelaram detalhes sobre o local ou as circunstâncias da morte da jovem.

Lusa/SOL